terça-feira, 1 de março de 2011

I Encontro Regional do Rito de York (26/02/2011)



Fonte: Jornal 3 Pontos

“Tivemos hoje o privilégio de testemunhar não só um ato histórico pela chegada do Rito de York, ao vivo, no Estado do Rio de Janeiro, mas também uma mensagem de união em paz e harmonia. Porque foi desta forma que este evento transcorreu. Aqui, ao meu lado, ombro a ombro, acima de diferenças e de interesses, estão dirigentes das três Potências regulares e representantes dos Altos Corpos de todos os Ritos praticados no Brasil. Na alegria descontraída que transparece em suas fisionomias, nos sorrisos francos e opiniões sinceras, confraternizamos na verdadeira liberdade que deve inspirar os Maçons, acima de interesses e preconceitos. Aos Maçons que com tanto zelo e competência se empenharam na preparação desta demonstração, afirmo que o brilho de sua demonstração foi além da apresentação do Rito de York para nós. Ao cumprimentá-los, estendo meu abraço aos Altos Dignitários aqui presentes que prestigiam este evento, ao qual deram um brilho incomum. Parabéns, meus Irmãos, pelo seu trabalho excepcional, aos que atuaram e aos que organizaram, liderados pelo Irmão Paulo Roberto Curi. E parabéns especial aos Irmãos da Loja Bandeira do Rito de York, recém fundada sob os auspícios do Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro. Vocês sequer imaginam os benefícios do que realizaram.”

As palavras do Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil - Rio de Janeiro, Irmão Sérgio Tavares Romay, sintetizaram com precisão o sentimento coletivo dos Irmãos presentes ao I York Rite Meeting – I Encontro do Rito de York – realizado no dia 26 de fevereiro de 2011, no Clube de Aeronáutica, no Rio de Janeiro. Eles vieram de todas as partes do Brasil, do Amazonas ao Rio Grande do Sul, do Rio Grande do Norte ao Mato Grosso do Sul, representando as três Potências e os seis Ritos regulares brasileiros, junto aos quais agora se incorpora o Rito de York.

Não estranhem quando dizemos que o Rito de York é o sétimo Rito a fazer parte da magnífica constelação de Ritos praticados na Maçonaria Brasileira, a terceira maior do mundo. Entre nós, na verdade, durante mais de um século, chamávamos “Rito de York” ao ritual Emulação, um dos muitos aceitos pela Grande Loja Unida da Inglaterra após sua formação, em 1813, resultado da união de duas Grandes Lojas rivais, a dos Modernos (de 1717) e a dos Antigos (de 1751). Para que essa união se consumasse, foi necessário adaptar os rituais de ambas. Assim surgiu um novo Rito, sem nome. E assim, também, foi o último Grau do Real Arco incorporado ao Simbolismo como um Grau “lateral” ao de Mestre Maçom.

Enquanto isto, o trabalho dos Maçons americanos, já independentes da Grã-Bretanha, continuava sem modificações. Por este motivo, para que nós, brasileiros, entendamos melhor, foram criadas as expressões Rito Inglês Moderno, para os rituais ingleses pós-União de 1813, e Rito Inglês Antigo, para o ritual americano, não modificado.

Pois foi deste ritual, praticamente intacto desde o século XVIII, que cento e trinta Maçons puderam apreciar a encenação da Abertura, da Iniciação e do Encerramento no Grau de Aprendiz Maçom, apresentado com brilho por uma equipe de Irmãos das três Potências no Rio de Janeiro. Estes valorosos Irmãos, liderados pelo Irm. Jacques Nunes Attié, MI, e Robson Neil Saar-Klippel, MRA, ensaiaram meses a fio, discutindo, debatendo e aprendendo enquanto praticavam. O aplauso que receberam ao término foram a justa medida da apreciação do seu trabalho. Este aplauso estendeu-se, merecidamente, aos Irmãos que organizaram o evento, sob a batuta do Secretário Geral do Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil, Irm. Paulo Roberto Curi, PGM.

Entre os Altos Dignitários que aplaudiram de pé os apresentadores, citamos, sem preocupação protocolar: os anfitriões, Ítalo Aslan e Antonio Carlos Raphael, respectivamente Grão-Mestres interino e candidato à reeleição no Grande Oriente Independente do Rio de Janeiro; Gilberto Moreira Mussi e João Otávio Cezar Lessa, respectivamente Grão-Mestre e Grão-Mestre Adjunto da Grande Loja Maçônica do Rio Grande do Sul; Sérgio Tavares Romay, Grão-Mestre de Honra do Grande Oriente do Brasil – Rio de Janeiro, e Ubiratan Rufino, candidato ao Grão-Mestrado do GOB-RJ; Nei Inocêncio dos Santos, Grande Primaz do Supremo Conclave do Rito Brasileiro; Rosselberto Himenes, PGM, Grande Sumo Sacerdote, Dagomar Ruas Silva e Jorge Raul Lago Simões, ambos Past Sumos Sacerdotes do Supremo grande Capítulo de Maçons do Real Arco do Brasil; Maurício Cláudio de Albuquerque, Grande Ilustre Mestre do Grande Conselho de Maçons Crípticos do Brasil; Edison Barsanti, Grande Secretário de Cultura Adjunto do Grande Oriente do Brasil; Marcos Coimbra, representando o Irm. José Maria Bonachi Batalla, Soberano Grande Inspetor Geral do Supremo Conselho do Rito Moderno; Pedro Bezerra, representando o Irm. Florisvaldo Campos Xavier, Grande Patriarca Regente do Excelso Conselho da Maçonaria Adonhiramita; Rubens Marques dos Santos, PGM, e Anderson Verçosa, MI, representando o Soberano Grande Comendador Luiz Fernando Rodrigues Torres, do Supremo Conselho do Grau 33 do R.E.A.A. da Maçonaria para a República Federativa do Brasil; Sylvio Magalhães do Vabo Filho, Presidente da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa do GOB-RJ; Cezar Fellini Lazzarotto, representando o Irm. Juliano Correa Braga, Grande Mestre da Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil; José Ricardo Rocha Bandeira, MI, Venerável Mestre da ARLS Bandeira do Rito de York, a quem muito se deveu o evento.

À tarde, os presentes puderam assistir “Com Fervor e Zelo”, a apresentação com que o Real Arco é apresentado para as Blue Lodges (Lojas Simbólicas) nos Estados Unidos. O I Encontro do Rito de York no Rio de Janeiro encerrou-se com um debate, em que o Irm. João Guilherme da Cruz Ribeiro, DGGHP – Latin America, do General Grand Chapter of Royal Arch Masons International, procurou esclarecer, com franqueza e dentro de suas limitações, as dúvidas naturais que tudo que é novo suscita. Bem, novo aqui entre nós, porque o Rito de York (que já esteve antes aqui no Brasil) é praticado por dois entre cada três Maçons no mundo. E há mais tempo do que qualquer outro.

Com este evento memorável, foram esclarecidas, assim, as razões de um erro perpetuado entre nós por tanto tempo e com sanção oficial. Esta história é contada, com muito bom humor, no pequeno livro ilustrado do Irm. João Guilherme, apropriadamente intitulado “Cada Coisa tem Seu Nome”...

No qual nós do Blog aproveitamos para divulgar este fantástico trabalho:




Mais de um século depois, graças aos Maçons do Real Arco
brasileiro, está esclarecida a confusão que batizou o Rito Inglês,
criado em 1813, que nunca teve nome, com um sobrenome
americano. Esta história está em Cada Coisa tem Seu Nome,
explicada com gráficos e ilustrações. Não perca!

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